Em SC, área com milho despenca e importação do grão deve subir em 2010
(19/08/2009) Da Redação, com informações da Agência Safras
A área plantada com milho nas regiões mecanizadas de Santa Catarina cairá 50%, criando o maior déficit da história agrícola e gerando a necessidade de importação de até 3 milhões de toneladas desse grão, em 2010. A avaliação é do vice-presidente da Faesc – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – Enori Barbieri.
Segundo Barbieri, a situação é explicada, em parte, pela falta de uma política agrícola consistente para sustentação de preços no sul do país. Para ele, a conseqüência mais grave é o afastamento do sistema agroindustrial catarinense que vai, aos poucos, migrando para o Brasil Central e outras regiões com maior oferta de grãos. “Nesse cenário, soa trágica a recente decisão do governo em cortar o crédito do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – na importação de milho“, afirma o vice-presidente.
Nos anos de normalidade de produção, Santa Catarina importa 2 milhões de toneladas para abastecer o amplo sistema de produção agroindustrial. Com a decisão dos produtores de áreas mecanizadas, onde há maior produtividade, em reduzir 50%, a Faesc calcula que a área total cultivada no estado (incluindo as lavouras não-mecanizadas) ficará 30% menor.
De acordo com a Faesc, produtores devem migrar do milho para a soja, que oferece custo 50% menor e remuneração maior. “O ano vai terminar com nova sobra no estoque de passagem da safra 2009/2010 da ordem de 10 milhões de toneladas, porque as exportações de milho foram pífias em razão do dólar baixo e da pouca competitividade do produto brasileiro no exterior”, afirma Barbieri. Por isso, estima-se que Santa Catarina terá que importar até 3 milhões de toneladas de Paraná, Mato Grosso e Paraguai, no próximo ano.
MST comemora anúncio da divulgação de novos índices de produtividade
(19/08/2009) Da Redação, com informações da Agência Brasil
A promessa feita pelo governo federal de reajustar os índices de produtividade deixou o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – satisfeito. A revisão dos números é um dos principais pontos da pauta de revindicações apresentada pelo Movimento na última semana. Após reunião nesta terça-feira (18/08), em Brasília, DF, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, garantiu a atualização dos índices, fixados em 1980 com base no censo agropecuário de 1975, dentro de 15 dias.
“Atualização dos índices de produtividade é fundamental para o MST porque vai possibilitar que se disponibilize mais área para o assentamento de famílias. É uma decisão que a gente já vinha negociando com o governo desde 2005”, afirmou Vanderlei Martini, da coordenação nacional do MST em Minas Gerais, ao final do encontro com ministros.
O MST também comemorou o compromisso de desapropriação imediata da Fazenda Nova Felicidade, em Felisburgo, MT (onde cinco trabalhadores sem-terra foram assassinados em 2004), e o descontingenciamento de R$ 338 milhões do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – para ser investido em aquisição de terras para assentamentos.
Há, no entanto, um descompasso em relação à demanda por assentamentos. O MST pede o assentamento de 90 mil famílias, mas, segundo Cassel, os R$ 338 milhões liberados são suficientes para 70 mil famílias. “Agora vamos continuar com as mobilizações e as negociações nos estados na perspectiva de tirar do governo o compromisso de assentar 90 mil famílias que se encontram acampadas”, disse o representante dos trabalhadores rurais sem-terra. O assunto será tratado nesta quinta-feira (20/08), no Incra, com os 24 superintendentes dos 24 estados onde o MST está mobilizado.
Fonte:/revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1703760-1485,00.html |
Aprovado zoneamento agrícola para mandioca e mamona (17/08/2009) Da Redação
O zoneamento agrícola de risco climático das culturas de mandioca para o Acre, Goiás, Rondônia e Distrito Federal, safra 2009, e da mamona no Rio Grande do Sul, safra 2009/2010, foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17/08).
As portarias são acompanhadas de nota técnica especificando as cultivares e os períodos mais indicados para plantio, os tipos de solos apropriados e a relação dos municípios.
Confira o zoneamento agrícola para:
Mandioca no Acre
Mandioca no Distrito Federal
Mandioca em Goiás
Mandioca em Rondônia
Mamona no Rio Grande do Sul
Fonte: revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1703689-1935,00.html
Laranja madura: Em meio ao pessimismo da safra 2009/2010, produtores buscam soluções para levar adiante o negócio, ao mesmo tempo em que a indústria prega o que parecia impossível: a conciliação Texto: Mariana Caetano Fotos Ernesto de Souza:
LEIA MAIS: Como a ciência pode ajudar a combater as doenças dos citros
A citricultura brasileira é marcada por conflitos entre produtores de laranja e indústrias de suco. A partir de 2006, a relação desgastou-se ainda mais com a denúncia que levou o Poder Público a investigar um suposto cartel, por meio do qual empresas combinariam preços pagos aos agricultores, que já sofriam com perdas sucessivas de renda – nos últimos 8 anos, os valores reais recebidos pela caixa de laranja caíram 20%, e explodiram os gastos com doenças, como o greening. Mas os dois elos da cadeia, que elevam o país à condição de maior fabricante e exportador de suco de laranja do mundo, estão tentando aparar as arestas. As indústrias finalmente sinalizam a intenção de retomar o diálogo com os citricultores, ao criar uma nova associação, a CitrusBR. No campo, agricultores desdobram–se para permanecer na atividade, investindo em associativismo, inovações agronômicas e de gestão – além das tentativas recorrentes de chamar a atenção do governo para a situação delicada em que vivem. Ao menos agora, produtores e processadoras de suco começam a alinhar objetivos: agir para regulamentar e revigorar o setor, antes que ele se esfacele de vez. As últimas duas safras de laranja no Brasil foram beneficiadas pela alta dos preços do suco no mercado externo, com a menor oferta do segundo maior produtor global da fruta, o estado da Flórida, Estados Unidos, que teve boa parte de seus pomares destruídos por furacões em 2005. Mas nem todos conseguiram aproveitar o bom momento. ‘Agricultores que tiveram um bônus no contrato pela valorização do produto entre 2006 e 2008 ganharam fôlego extra, mas há muitos que não se beneficiaram e estão fragilizados, descapitalizados’, afirma Margarete Boteon, pesquisadora do Cepea/Esalq – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de Piracicaba, SP. Segundo Maurício Mendes, presidente da consultoria AgraFNP e especialista no mercado de laranja, a temporada também está pressionada por elevados estoques internacionais e preços em baixa. ‘Desde o pico em outubro de 2006, quando a tonelada do suco concentrado chegou a quase 3 mil dólares, o produto só perdeu valor: hoje, está na faixa de 1,2 mil a 1,3 mil dólares’, diz. Com perspectivas de vendas mais apertadas, indústrias engataram marcha lenta nas negociações, e a falta de comprometimento com a compra da fruta alimenta as incertezas de produtores como Renato de Queiróz.
Membro de uma família tradicional no cultivo de laranja em Colina, SP, Queiróz está sem contrato nesta safra e as 40 mil caixas que espera colher ainda estão sem destino. Na tentativa de resguardar a renda das oscilações da citricultura, o produtor decidiu diversificar a produção há cerca de seis anos. ‘Comecei a arrancar alguns pomares e investir em cana-de-açúcar, plantios de seringueiras e em um viveiro com 150 mil mudas de plantas nativas’, afirma. Mas como o cultivo de laranja ainda é o carro-chefe, a preocupação é grande. ‘Continuo porque ainda tenho esperança que o setor volte a ficar rentável’, diz ele. Segundo a Associtrus – Associação Brasileira de Citricultores, grande parte dos produtores de laranja de São Paulo, maior polo mundial de cultivo da fruta, está como Queiróz, queimando reservas ou se endividando. ‘Hoje, o custo de produção está em 14 reais em certas regiões e a indústria tem pago, em média, 3,50 reais no portão’, afirma Flávio Viegas, presidente da entidade. A relação desanimadora entre custos e preços tem expulsado muitos do setor, que acabam recorrendo principalmente à cana-de-açúcar. Na cidade de Bebedouro, que enriqueceu com os laranjais na áurea década de 1980, o fechamento da unidade da Citrosuco em fevereiro foi apenas um estímulo adicional ao processo de migração. ‘Em 1991, havia 45 mil hectares com laranja no município e apenas 3 mil hectares de canaviais. Hoje, são 19,4 mil hectares com a fruta e 35 mil hectares com cana’, compara Walkmar Brasil de Souza Pinto, chefe da Casa de Agricultura da cidade. Na avaliação de Viegas, o fortalecimento do setor passa pela maior organização dos produtores. ‘Infelizmente, o citricultor brasileiro perde muito porque está acostumado a pensar em soluções individualizadas’, diz. E já há quem esteja colhendo bons frutos por apostar na união para virar a mesa. Fonte:revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1703463-1641,00.html |
Chuva de granizo destrói lavouras de morango em Minas GeraisTemporal durou 20 minutos e prejudicou mais de cem agricultores
O granizo destruiu lavouras de morango em Tocos do Moji, em Minas Gerais. Conforme o site G1, levantamento da Emater revelou que cerca de 1 milhão de pés foram prejudicados. A produção dessa fruta é a principal atividade econômica das famílias do município.
A chuva de granizo durou cerca de 20 minutos. Foi a segunda vez no ano em que as lavouras de morango em Tocos do Moji foram atingidas por pedras de gelo, e as perdas são estimadas em cerca de R$ 2 milhões esse ano.
I Seminario sobre o beneficiamento de carne bovina de itororó
Com a participação de cerca de 300 pessoas, a prefeitura de Itororó (a 520km de Salvador), através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, realizou o I Seminário sobre a Organização da Cadeia Produtiva Bovina na última terça-feira, dia 10, no Teatro da Fundação Cultural Cabana da Ponte.
O objetivo do seminário foi conscientizar os açougueiros e a população sobre os riscos do abate clandestino de animais. As palestras foram ministradas por Rosalvo (coordenador regional da ADAB), José Marcos (Proprietário do Frigosol), Moises Araújo (ADAB), pelo veterinário e inspetor da ADAB, Leonardo França e pelo secretario de Desenvolvimento Econômico Valdivio Morais.
Governo oficializa crédito de R$ 10 bi para agronegócio
A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de criar uma linha de crédito de R$ 10 bilhões para financiamento de capital de giro para agroindústrias, indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas e cooperativas agropecuárias entrou em vigor hoje, com a publicação da Portaria nº 203 no “Diário Oficial da União”.
Assinada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a portaria, com data de 7 de maio deste ano, repassa os R$ 10 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encarregado de operar a linha de crédito levando em consideração os financiamentos contratados a partir de 16 de abril de 2009 e até 31 de dezembro de 2009.
Governo prepara pacote de ajuda aos frigoríficos
O governo preparou uma “operação de salvamento” para ajudar os frigoríficos em dificuldades financeiras. Ela começou com a aprovação de uma medida provisória no Senado, na última quarta-feira, e será mantida com financiamento para capital de giro a pelo menos 18 empresas. Em reunião com ministros e dirigentes de bancos sobre os cenários do agronegócio para 2009, em 4 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou socorrer os frigoríficos para evitar problemas em toda a cadeia produtiva, que poderia ameaçar os pequenos produtores em todo o país e pôr em risco uma das principais fontes de superávits na balança comercial.
Crise elimina 100 mil vagas no campo
A crise econômica desencadeada em 15 de setembro de 2008, após a quebra do banco Lehman Brothers, fez a agropecuária brasileira fechar 100 mil empregos formais. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de setembro a fevereiro deste ano, o saldo das contratações e demissões ocorridas por trás das porteiras das fazendas ficou negativo em 260 mil postos de trabalho, 100 mil mais que no mesmo período do ano anterior.
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Planejar, organizar e monitorar a aquisição da matéria-prima, inspecionar a limpeza, higiene e sanitização na produção agroindustrial; elaboração de produtos agroindustriais; idnetififcar espécies de organismos, diferenciando os malefícios dos benefícios; controlar a qualidade na produção agroindustrial; conservar e armazenar matéria prima e produtos agroindustriais; controlar, avaliar e monitorar processos produtivos e de comercialização, entre outros.